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(Sem) Manual de Instruções

Porque a vida não tem manual de instruções. Um pouco de tudo o que é importante, tratado com uma pitada de sátira e sarcasmo!

(Sem) Manual de Instruções

Porque a vida não tem manual de instruções. Um pouco de tudo o que é importante, tratado com uma pitada de sátira e sarcasmo!

Pelos corredores do hospital

É a segunda vez que escrevo um texto no hospital.
Sentada numa interminável fila de cadeiras, num corredor interminável, num dia interminável de uma interminável estadia no hospital.
A internada não sou eu, nunca sou eu.
Eu sou a que se senta em cadeiras de espera, com o cabelo sujo e o casaco de malha manchado, olhos cansados de quem não vai a casa há vários dias e que passa os dias intermináveis à espera.
À espera do resultado do exame, à espera da visita do médico, à espera da ida para o exame, à espera que o medicamento faça efeito e a dor passe, à espera do dia em que nos vão libertar desta prisão.
As olheiras contam apenas uma parte da história, da preocupação de ver um filho doente e nada poder fazer para o curar.
A insegurança de ter acreditar que o diagnóstico dos médicos está correto e que o tratamento é o indicado. As horas a pensar se estamos no melhor hospital, se devíamos pedir outra opinião, se devíamos ir a correr tirar um curso de medicina para ter a certeza que o nosso filho está a ter a atenção que precisa.
A dor lancinante que é ver um filho com dores e desejar que as dores fossem nossas em vez deles. Chegar a um ponto de desespero em que rezamos, sem sequer ser crente, para que tudo passe. A dor de ver um filho chorar e nada podermos fazer para lhe tirar a dor.
E as enfermeiras, as queridas enfermeiras que já devem ter visto muito e que dizem sempre "mãe, não fique assim, tem de ser forte, isto vai passar". E nós mães, só temos vontade de cair nos braços daquela enfermeira e chorar baba e ranho.
O momento em que queremos sair do quarto e dar um grito para vir alguém, já! Alguém que resolva o problema, que nós estamos tão impotentes!
E nestes momentos, perceber que este amor que nos torna tão vulneráveis à dor nunca vai desaparecer. A partir do momento em que nos tornámos mães e pais, assinámos um contrato vitalício com a dor.
E que enquanto formos vivos estaremos vulneráveis a sentir aquela dor excruciante no fundo da nossa alma,q  só o ver um filho doente e a sofrer pode provocar.
E ao mesmo tempo que damos graças por termos os nossos filhos vivos nos braços, quando há tantos que não têm, também sabemos que não há dor como esta e que não há amor como este.

A Tailândia é o paraíso na terra...

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 Ora bem, esta foi a minha segunda ida à Tailândia. Da primeira vez prometi que escreveria um Report e nunca o fiz, entretanto 3 anos se passaram.

Portanto, desta vez é que é! Se gosto tanto de ler reports na net quando tenciono planear uma viagem, agora chegou a vez de contribuir.

 

Ora, viajámos neste mês de Fevereiro/2016 e ficámos por 8 noites. Como já lá tínhamos estado há 3 anos por mais tempo, desta vez cortámos a parte de Banguecoque e fomos apenas para as praias.

Porquê? Porque Banguecoque é giro para visitar os templos e para compras (o que fizemos há 3 anos) mas, para nós, uma vez lá é suficiente. Muita gente, muita poluição, muito trânsito, muitas lojas. E nós queríamos mesmo era regressar ao nosso paraíso, às praias de água quentinha, areias brancas e alguns sítios quase desertos.

Desta vez decidimos ficar em 3 sítios diferentes,: 3 noites em Railay Beach, 3 noites em Koh Lanta e 2 noites em Ao Nang (Krabi).

Viajámos de Lisboa -> Dubai -> Banguecoque pela Emirates  

E depois fizemos o voo interno (45 min) Baguecoque -> Krabi pela Thai Airways.

 

O serviço da Emirates é tão bom como dizem. A comida é apetitosa, o serviço cuidado e o homem concretizou o sonho de voar num A380 (aquele avião de dois andares). Mas… e há sempre um mas, a Emirates alterou a hora de um dos voos 2 dias antes da viagem e não nos informou, nem um email recebemos. Ao fazermos o check-in online por acaso reparámos. Essa alteração deixou-nos com um tempo de escala para o voo seguinte bem apertado, embora fazível.

Os aviões todos catitas da Emirates têm em cada lugar uma PSP com montes de jogos e um tablet com milhares de músicas, filmes acabadinhos de estrear e temporadas inteiras das melhores séries.

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Saímos de Lisboa às 13:30 de dia 4 chegámos a Krabi às 15:00 (hora local) de dia 5. O fuso horário são 7 horas a mais lá.

Chegados ao aeroporto de Krabi ainda são mais 40 minutos de transfer do aeroporto para o cais de Ao Nang e mais 15 min de barco até Railay. Portanto, chegámos ao nosso primeiro paraíso por volta das 16:30, ainda a tempo de aproveitar o fim da tarde na praia à frente do hotel:

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A escolha de alojamento em Railay começa com a simples escolha: Railay West ou Railay East? Railay West tem a melhor praia e um pôr-do-sol maravilhoso. É a zona mais bonita. Railay East é uma zona mais de “backpackers” com bares e restaurantes de aspecto mais hippie. Não dá praticamente para fazer praia e não tem a mesma beleza.

Como para nós a praia era o essencial optámos por escolher um hotel em Railay West.

 

Mas, para dizer a verdade, não só há opções de hotéis com óptimo aspecto e óptimos preços em Railay East, como a distância entre as zonas não são mais de 10 minutos a pé pela única rua que liga as duas margens, a Walking Street. Portanto o meu conselho aqui é: dar mais importância ao hotel em si que escolherem e não tanto à zona de Railay, porque a verdade é que todos os dias percorremos aquilo tudo a pé. Acordar em West, ir almoçar a East, fazer praia na Phranang Beach, ir beber um copo ao fim da tarde a East e acabar por jantar algures no meio da Walking Street.

O hotel escolhido em Railay foi o Sand Sea Resort.

O melhor mesmo deste hotel é a sua localização. Literalmente em cima da praia de Railay West e mesmo ao lado da Walking Street. Tomar o pequeno-almoço em cima da praia é fenomenal.

O hotel é lindo. Pequenos bungalows rodeados de vegetação.
O pequeno-almoço tem uma variedade aceitável e comida saborosa.
O wi-fi funciona bem, mesmo num quarto longe da recepção.
Inclui todas as coisinhas habituais de gel de banho, etc., até toalhas de praia e chinelos tipo havaianas.
De aspectos negativos destaco o barulho durante a noite. O vento e os animais a correr no telhado… enfim, as noites não são sossegadas. O que vale é que nenhum de nós tem graves problemas de insónias.
Outro downside é que não achei o nosso quarto devidamente limpo, especialmente o wc. O chuveiro no nosso bungalow era impossível de regular a temperatura da água: ora estava fria, ora queimava.
A limpeza da piscina principal também era duvidosa. A piscina traseira tinha a água com muito melhor aspecto.
O staff é educado e atencioso, não chegando ser extremamente simpático...

 

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O que fazer em Railay:

Praia. A melhor é a Phranang beach, no entanto, é ponto de paragem para todos os barcos de turistas, pelo que fica cheia de gente em algumas alturas do dia. O “truque” é ir para a zona da praia mais afastada da Phranang Cave (essa zona está sempre mais vazia e idílica) e ir ou muito de manhã ou muito ao final da tarde, para fugir ao trânsito.

 

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Canoagem. Com muita pena minha não chegámos a ir, mas permite andar ali a descobrir os rochedos e grutas em redor, o que também dá para fazer a pé quando a maré está baixa… Aproveitámos uma dessas baixas para ir percorrer a pé a orla dos rochedos e descobrir grutas, fósseis, búzios.

Trekking. Até para não-desportistas como nós há trilhos pelo meio do mato espectaculares e fáceis de seguir. Descobrimos um na ponta mais afastada da West Beach que sobe por umas rochas, depois vai seguindo por dentro do mato, até dar acesso à praia ao lado.

Escalada. Para quem gosta, há imensas opções, com guia, sem guia, meio-dia, dia inteiro, etc.

Subir até ao View Point ou até à Lagoa. Problema, nenhuma das subidas é fácil…

Massagem tailandesa. Optem pelas da praia, são muito mais baratas (não que nas lojas sejam caras) mas estas são dadas mesmo na praia com o barulho do mar, por senhoras que vão passando à procura de clientes e fazem mesmo na nossa toalha, ou em zonas especificas de cada praia...

Relaxar e beber uns cocktails ou umas cervejas (a nossa preferida é a Singha) num dos muitos bares de madeira, com almofadas espalhadas pelo chão, ao som de música reggae e curtir as paisagens e ambientes.

No que toca a refeições, é fazê-las num dos 20 ou 30 restaurantes que se espalham pela Walking Street e por Railay East. Railay West só tem os restaurantes dos hotéis, que são iguais aos outros em termos de qualidade da comida mas inflacionados no preço, embora também tenham um aspecto um pouco mais cuidado.

 

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Railay não é um sítio para compras (porque é mais caro do que os outros sítios na Tailândia e só tem 2 ou 3 lojas), não é um sítio com grande vida nocturna (tem apenas alguns bares).

É um sítio para relaxar, passear, andar sempre de chinelo no pé, sem stress e sem preocupações. É um sítio pequeno, sem estradas, motas ou carros. Dá para conhecer todos os recantos a pé. Ora nos cruzamos com outros camones, ora com tailandeses, ora com macacos. Sim, andam macacos aos bandos por lá. Grandes, velhos e bebés. Chegam-se às pessoas sem medos.

 

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A nossa estadia em Railay foi marcada por uma terrível intoxicação alimentar que eu apanhei na véspera de irmos embora. Atenção, não há farmácias em Railay, há apenas um posto médico aberto durante o dia, não cheguei a perceber se atende emergências durante a noite, como foi o caso. A intoxicação alimentar que apanhei pode ter sido de um ovo que comi ao pequeno-almoço e que estava meio cru. Os standards de controlo e higiene deles não são bem os nossos, por isso atenção. É aconselhável levar algumas coisitas de medicamentos. Mas a verdade é que tanto desta vez como da outra já tinha comido à vontade, mesmo nos sítios mais duvidosos e nos carrinhos de rua, sem problemas. Obviamente, água só engarrafada.

 

Ora depois de 3 dias maravilhosos em Railay (à excepção da última noite, maldita intoxicação) apanhámos o barco para Koh Lanta. O barco parte mesmo da nossa praia em Railay West e a viagem demora cerca de 2 horas, num barco grande e cheio, apesar de haver lugares sentados com fartura no interior. Finalmente chegados a Koh Lanta ficámos impressionados pela confusão no pier. Imensa gente a chegar e a partir, imensas carrinhas à espera dos respectivos hóspedes para fazer o transfer para os hotéis.

 

Koh Lanta não tem rigorosamente nada a ver com Railay. Tem digamos que “uma vibe” diferente. Para já é enorme, apesar de ser uma ilha. Para a conhecer bem é preciso perder um dia para dar a volta pela única estrada, à descoberta. Em qualquer lugar se alugam scooters para isso.

Como estava debilitada pela intoxicação e pela falta de comida decidimos ficar só pelas imediações da praia onde estávamos hospedados. Ficámos na Khlong Nin Beach, uma das muitas praias em Koh Lanta.

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O hotel escolhido foi o Lanta Il Mare Beach Resort.

Os quartos são espaçosos e limpos e aqui já se consegue ter uma boa noite de sono.
Aqui o chuveiro também funcionava na perfeição! yuuupiiii!
Uma vez que é o último hotel dessa praia (ou o primeiro, dependendo do ponto de vista – encostado numa das pontas), o areal à frente torna-se quase privado. No entanto, essa parte da praia também tem muitas rochas e não é ideal para nadar.
Aspectos negativos: O pequeno-almoço não é buffet. Temos de escolher entre “continental”, “americano”, “thai” ou “saudável” e eles trazem 3 ou 4 coisas de acordo. A comida não é grande coisa…
A localização para nós também não é das melhores. Não há quase nada ao pé do hotel, apesar de não ser longe para ir a pé até à zona de restaurantes, bares e lojas. É mais fácil e agradável fazer essa caminhada pela praia e não pela estrada. A recepção fecha durante a noite e em algumas alturas é difícil encontrar staff. Não chegámos a usar a piscina, mas não me pareceu má, apesar de pequena.
No geral, o espaço é bonito e com acesso directo à praia. Não é um mau sitio para ficar mas há hotéis melhores e mais centrais nessa mesma praia.
A zona de movimento da Khlong Nin Beach é super agradável. Há tudo, operadores turísticos, hostels, farmácias, mini-mercados, bares, lojas de bugigangas… e quase todos os restaurante e bares do lado da praia têm esplanada na areia. Alguns até têm umas mesinhas com esteiras para ficar deitado na areia ao fim da tarde. Impéc!

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Aproveitámos a estadia em Koh Lanta para marcar um tour a Koh Rok.

Tivemos muita dificuldade em conseguir vaga, pois apanhámos o Ano Novo Chinês e estava quase tudo esgotado. Mas graças à imensa simpatia de um senhor tailandês que viu a nossa tristeza e lá nos guardou 2 vagas de uns cancelamentos de última hora, conseguimos marcar!

O Tour vale tanto a pena!!! Nós já conhecíamos o modelo de tours tailandeses: vais de barquinho logo pela manhã, passas o dia todo a visitar ilhas e sítios giros, paras algumas vezes para fazer snorkling, paras também numa das ilhotas para almoçar estilo pic-nic, e regressas a meio da tarde. No preço do Tour está incluído irem-nos buscar ao hotel, o equipamento de snorkling, o almoço que eles próprios levam e servem, águas e fruta o dia todo servidas no barco.

Este tour em particular levou-nos a uma das melhores zonas para fazer snorkling, ao largo da ilha de Koh Rok. Em 40 minutos que andámos para ali a nadar vimos dezenas de peixes de espécies diferentes, super coloridos, o paixe-palhaço do nemo e até cardumes inteiros a passar junto a nós! Belo belo belo!

De seguida, a paragem para o almoço foi mesmo ilha de Koh Rok. Uma ilhota pequena - dá para dar a volta a pé em cerca de 30 minutos - e habitada apenas por vegetação e animais selvagens.

Quando se chega à praia vale a pena começar a andar para a direita (de frente para a água). Dali a 100 metros vamos dar ao P.A.R.A.Í.S.O.! É um daqueles sítios (e nós já conhecemos muitas ilhas na Tailândia) que simplesmente não existem. Absolutamente de cortar a respiração. Areia branca, água turquesa quente e baixinha, selva atrás de nós. O azul mais azul que já vi. O verde mais verde que já vi. Nem as fotos lhe fazem justiça, mas aqui ficam…

 

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Portanto, este tour foi realmente o maior destaque dos nossos dias em Lanta.

De restaurantes em Lanta destaco o Otto bar pelo ambiente. No Otto só comi um hambúrguer (para desenjoar da comida Thai). Era bom, mas demoraram cerca de uma hora a servir! O Otto é mesmo mais para bar, música, cocktails na areia, assistir a shows de fogo...

 

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Pela comida e pelo espaço destaco o Kansa Beach Front Restaurant. É um dos espaços mais boa onda, com o pessoal mais simpático e comida thai maravilhosa. Gostámos tanto que fomos lá comer duas vezes.

 

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O outro destaque de Lanta é que pudemos lançar uma das famosas lanternas tailandesas de boa sorte, à noite na praia. Momento mágico (para nós, para o tailandês que as vende é um granda negócio).

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Partimos de Lanta com pena de não ter conhecido mais da ilha. Fica para uma próxima talvez…

Apanhámos então o mesmo barco grande para a nossa última paragem: AoNang.

AoNang foi o único destino “repetido” nesta viagem. Já lá tihamos estado há 3 anos.

 É uma zona mais “citadina”, em comparação com as duas anteriores. Não deixa de ser um sítio de praia e paradisíaco, mas com mais lojas, muitos restaurantes, muita vida diurna e nocturna. É o melhor sítio destes três para fazer compras. É suposto regatear sempre os preços nas lojas e por vezes consegue-se trazer por metade do valor inicial. Eles já contam com isso, o preço inicial está sempre superior, exactamente para dar lugar a esse ritual de regatear. É também nessas alturas em que temos algumas conversas engraçadas com os tailandeses. Os que são mais acessíveis tornam esse ritual de regatear em verdadeiros jogos. Eles dizem que não podem mesmo baixar mais… nós fingimos que vamos embora, eles chamam-nos de volta e baixam mais um bocadinho… e por aí em diante.

 

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Há 3 anos tínhamos apanhado uma promoção fantástica para o Holiday Inn Resort Krabi pois estavam em obras de expansão na altura. As obras não nos incomodaram nem um bocadinho, mal se viam/ouviam e o hotel é fantástico!!

(se tiverem interesse em ver a avaliação que fiz há 3 anos no Trip Advisor sobre este hotel consultem aqui: https://www.tripadvisor.com.br/ShowUserReviews-g1507054-d3509210-r166176229-Holiday_Inn_Resort_Krabi_Ao_Nang_Beach-Ao_Nang_Krabi_Town_Krabi_Province.html#CHECK_RATES_CONT)

 

Desta vez, como a extensão está terminada e os preços do Holiday Inn já subiram bem acima do que procurávamos ficámos antes no Sri Suk San resort (que é mesmo ao lado).

 

Nada arrependidos. Ficámos na zona nova do hotel. Os quartos são óptimos, espaçosos, com varanda sobre a piscina, AC, óptimo duche, cama extra, toalhas de praia, limpeza perfeita, em frete à praia, Wi-fi sempre a funcionar, staff super simpático, enfim…o melhor dos 3 em que estivemos desta vez.
A piscina é enorme, com cocktails a preços acessíveis. Pequeno-almoço variado e bom. Há tudo ali à volta e tuk tuks a passar constantemente.
Se tivesse de encontrar algo a apontar, apenas de referir que é um hotel muito maior, com mais hóspedes, mais movimentado. Mas isso são quase todos em AoNang, é uma zona com mais turistas.

 

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 Notámos uma diferença enorme neste espaço de 3 anos desde que tínhamos estado em AoNang. Cresceu imenso. Há mais bares, mais restaurantes, mais resorts, mini-mercados, hostels, cafés, pastelarias, enfim… até algumas marcas internacionais (o que há 5 anos nem se via ali, à excepção de um mcdonalds e um starbucks).

É o melhor sítio para encontrar coisas para trazer, como especiarias, frutas exóticas, roupas, souvenires. Basicamente tudo.

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É também em AoNang que é possível marcar um sem número de excursões. Excursões aos elefantes (não fizemos de nenhuma das vezes porque li que os animais são maltratados), excursões a parques, a templos, mergulho, etc. As mais populares são as excursões às ilhas, de barco. Seja às mais conhecidas Phi Phi e Maya Bay, quer às restantes ilhotas ali em redor (4 islands tour por exemplo). Já tínhamos feito essas duas excursões (Phiphi e 4 islands) há 3 anos e valem bem a pena!! Pessoalmente gostei mais da 4 Islands porque as ilhas são menos turísticas e mais pequenas que as PhiPhi. Para não repetir, desta vez decidimos fazer a Sunset Tour. Enquanto as outras que tínhamos feito antes são tours de passeio e acessíveis a toda a gente, de idosos a crianças, esta é um pouco mais puxada e portanto só aconselhável a adultos.

Em vez de partir de manhã e incluir o almoço, esta parte ao principio da tarde e dura até depois do jantar. Então lá saímos e percorremos algumas ilhas de barco com paragens para snorkling. De seguida, fomos até a um penhasco fazer cliff diving, onde os mais aventureiros puderam trepar a rocha até onde conseguissem e saltar para a água. Atenção, esqueçam lá equipamentos de segurança! Não há cordas, arnês, nadinha… colete salva-vidas para quem quiser vestir e chega :-) era trepar por ali a cima apenas de bikini ou fato-de-banho, pés descalços na rocha molhada e seja-o-que-deus-quiser! Quem não pretendia saltar podia ficar no barco ou dentro de água a assistir ou podia nadar até uma mini mini praia privada com o equipamento de snorkling e ver peixinhos.

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A paragem seguinte é na Phranang Beach (de volta a railay, de passagem) para ver o pôr-do-sol brutal que ali acontece.

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De seguida o jantar foi servido a bordo, estilo pic-nic no barco, comida muito boa e caseira, mais uma vez. A última aventura desta tour é um mergulho à noite (cerrada!) no meio do mar para ver o plâncton a brilhar.

Aqui eles já têm mais algum cuidado, suspeito porque já perderam alguém e foi o cabo dos trabalhos. Obrigam toda a gente que vai entrar na água usar o colete e agarrar-se uma corda em filinha indiana. Quando todos os corajosos estão na água com os óculos apagam as luzes do barco, para ficar escuro como breu. Agitamos as mãos e as pernas na água negra e tudo brilha! Milhões de partículas a brilhar intensamente ao nosso redor. É lindo e uma experiência única e inesquecível. 

 

Em jeito de conclusão… é um destino TOP. De tal forma absorvente, quer de beleza, que de ambiente descontraído e zen que não resistimos a voltar esta segunda vez e espero bem que nesta vida ainda venha a existir uma terceira.

E digo mais, uma estadia inferior a 2 semanas é pouco! É longe demais e bom demais para ir apenas 8 noites como nós fizemos desta vez. Os 14 dias que aproveitámos há 3 anos é muito preferível!

Vale tanto tanto a pena. Não é um sítio para estar fechado num resort tudo-incluído, nada disso! É um sítio onde absorvemos a cultura, o modo de vida, as pessoas, os cheiros, a comida, a água do mar a 30 graus, o calor, as chuvadas torrenciais que duram apenas 5 minutos, as fruta com um sabor muito mais doce do que cá… resumindo, o verdadeiro paraíso na terra.

 

Perdoem-me a extensão do report, mas até fica aquém do que é a estar de facto neste lugar.

Apêndice de informações práticas para quem estiver a pensar ir para lá. Marcámos tudo sozinhos, online, sem agência de viagens envolvida.

Custos gerais para duas pessoas:

 

Voos: € 1600,00 (total dos 3 voos para duas pessoas)

Transfers  aeroporto +  barcos: cerca de € 50 no total (com táxi privado p/AoNang)

Hotéis - € 700,00 (total pago pelos 3 hotéis, todos com pequeno-almoço. Ficando todas as noites no mesmo hotel sai mais barato do que isto)

Tours – Já não me recordo ao certo, mas não sai a mais de € 30,00 cada tour, com almoço incluído.

 

Língua: eles só falam inglês e muito básico… às vezes só por gestos.

Moeda: bath. 400 Bath = 10 euros sensivelmente. Os multibancos funcionam para levantamentos com cartões portugueses e há casas de câmbio por todo o lado.

Custos de alimentação: baratíssimo, mesmo em restaurantes refeições médias a 5 euros. Nas bancas de rua ainda menos.

Segurança: não sentimos qualquer insegurança em parte nenhuma.

Cuidados a ter: Água só engarrafada. Gelo nas bebidas só de máquina, para ser feito com água engarrafada. Comida de rua é segura no geral, mas não escolher bancas muito sujas ou aquelas em que a comida claramente está ao sol há muito tempo. Dar preferência ao que é cozinhado no momento. As farmácias existem, têm tudo e são fáceis de usar, mas não custa levar na mala o kit básico de Imodium, Buscopan, Ultra-levur, Brufen, etc…

Quando ir: Ontem!!!

 

 

Há coincidências do catano

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Aí há uns 7 ou 8 anos fui convidada para um casamento.

Longe de ser um casal de amigos meus. O noivo, chamado Pedro, era amigo do meu namorado da altura.

Portanto, e apesar de conviver ocasionalmente com o dito casal, pode dizer-se que fui convidada como “acompanhante”.

Ora na altura eu vivia no belo litoral algarvio e o casamento estava marcado para a terra da noiva, uma aldeia perto da Guarda, da qual entretanto esqueci o nome.

A viagem de Faro à Guarda era grandita, obrigava a passar lá o fim-de-semana e o meu filhote era pequenino na altura.

Sendo a minha irmã R., que vive em Lisboa, uma tia absoluta e completamente babada que adorava qualquer oportunidade de ver o sobrinho, decidi perguntar-lhe se queria ficar com ele nesse fim-de-semana. Eu passaria por Lisboa no caminho, deixava o pimpolho e seguia para o frio e neve da Guarda.

Liguei à mana assim que recebi o convite, aí com uns 3 meses de antecedência, ao que ela me disse <Claro, uipiiii, deixa-me só confirmar as datas que eu também tenho umas coisitas aí por esses dias. Um casamento também e um aniversário, cenas assim…>.

E a conversa ficou por aqui.

 

Uma semana depois, em conversa fiada ao telefone com a mana sobre vestidos e sapatos (não é costume, mas calhou), comentei com a R. que não sabia o que vestir para o tal casamento, porque era na Guarda e estaria muito frio e possivelmente até neve.

Parece que botas até ao joelho não combinam com vestidos de casamento…

Nesta conversa, quando falo do frio da Guarda diz-me ela <Vais para a Guarda, oh que giro, também vou a um casamento lá perto>.

E a conversa ficou novamente por aqui, qual mau filme dramático em que já está mesmo toda a gente a ver o que se está a passar menos as protagonistas, isto é, nós as duas!!

 

Pois bem, umas semanas depois liga-me a R. novamente e pergunta-me < Olha lá, o casamento que eu tenho na Guarda é no mesmo fim-de-semana que o teu. Mas afinal tu vais ao casamento de quem?? Não me digas que é o casamento do Pedro!>

Ah pois é… Então lá chegámos à conclusão que o noivo (relembro, o amigo de há uns anos do meu namorado da altura), havia crescido junto e era amigo de infância do namorado da minha irmã.

E foi assim que eu e a minha irmã, uma a viver em Faro e a outra em Lisboa, fomos convidadas para o mesmo casamento como acompanhantes dos respectivos namorados! Nenhum dos 3, nem o noivo, nem o meu namorado, nem o namorado da R. faziam a mais pequena ideia.

 

Descoberta esta divertida coincidência decidi pregar uma partida ao noivo:

Uns dias antes da cerimónia disse-lhe com o meu ar mais descontraído <Olha, não te importas que a minha irmã também vá ao casório, pois não?>.

Vi nos olhos dele que a perspectiva de pagar mais uma cabeça no jantar do casamento, só porque me apetecia levar a minha irmã, caiu-lhe tipo leite estragado.

Só quando ele começou a gaguejar <Pois, sim, ah, uh, pois… ah, não sei, não me importo, só que…> é que lhe contei que a irmã que eu ia levar já tinha sido convidada por ele, pois era a namorada do seu amigo de infância!

E pronto, é daquelas que ficam na história...

Um dia conto-vos a história do casamento em si, que daria um filme de comédia dramática, com nevões, carros atolados na neve, o noivo de mangas arregaçadas a tentar desenterrar carros, as convidadas com a maquilhagem não-à-prova-de-água toda esborratada e o copo-de-água a começar com 3 horas de atraso…

Feminismo: ugh, que palavra feia!

 A propósito do dia da mulher, decidi traduzir para aqui este magnifico discurso da jovem actriz Emma Watson nas Nações Unidas, porque nem toda a gente tem de perceber Inglês e o discurso É BOM DEMAIS!

E sim, a Emma Watson é a menina que faz de Hermioni nos filmes do Harry Potter :))

De tirar o chapéu. Subscrevo cada palavra, cada pausa, cada expressão. Ora aqui vai:

 

"Estamos hoje a lançar uma campanha chamada HeForShe. Venho falar-vos porque precisamos da vossa ajuda. Pretendemos acabar com a desigualdade entre géneros, e para isto, precisamos de ter toda a gente envolvida. Esta é a primeira campanha do género nas Nações Unidas. Queremos tentar mobilizar o máximo possível de homens e rapazes para serem os defensores da mudança. E nós não queremos apenas falar sobre o assunto. Queremos garantir que isto seja tangível!

Fui nomeada como Embaixadora da Boa Vontade pela UN Women há seis meses. E quanto mais eu falava acerca de feminismo, mais me apercebi que lutar pelos direitos das mulheres é muitas vezes considerado como ódio aos homens. Se há algo que eu sei com toda a certeza, é que isto tem de acabar.

Para que fique registado, a definição de feminismo é a crença de que homens e mulheres devem ter direitos e oportunidades iguais. É a teoria da igualdade de género política, económica e social.

Comecei a questionar-me acerca de estereótipos baseados no género há muito tempo. Aos 8 anos ficava confusa por me chamarem mandona por querer ser eu a realizar a peça de teatro que íamos apresentar aos nossos pais, mas os rapazes não o eram. Quando tinha 14 anos comecei a ser sexualizada por alguns meios de comunicação. Aos 15 anos as minhas amigas começaram a desistir dos desportos pelos quais eram apaixonadas, por medo de parecerem musculadas. Quando eu tinha 18 anos, os meus amigos rapazes eram incapazes de expressar os seus sentimentos.

Eu decidi que era feminista, e isto era algo descomplicado para mim. Mas as minhas pesquisas recentes mostraram-me que essa se tornou numa palava impopular. As mulheres estão a optar por não se identificar como feministas. Aparentemente, eu faço parte do grupo de mulheres cujas expressões são vistas como demasiado fortes, demasiado agressivas e anti-homens. Feias, até.

Porque é que esta palavra se tornou tão desconfortável? Eu sou Britânica, e eu acho que é justo ser paga o mesmo que os meus conterrâneos masculinos. Eu acho que é justo poder tomar decisões acerca do meu corpo. Eu acho que é correcto que as mulheres sejam incluídas em meu nome nas decisões politicas que vão afectar a minha vida. Eu acho que é justo que, socialmente, me tenham o mesmo respeito que têm aos homens.

Mas, infelizmente, posso afirmar que não existe um único país no mundo onde todas as mulheres possam esperar ter estes direitos. Nenhum país no mundo pode dizer, por enquanto, que atingiu a igualdade entre géneros. Estes direitos, eu considero serem direitos humanos, mas eu sou uma das sortudas.

A minha vida é um verdadeiro privilégio porque os meus pais não me amaram menos por ter nascido mulher. A minha escola não me limitou por ser rapariga. Os meus mentores não assumiram que eu não chegaria longe por poder um dia vir a dar à luz uma criança. Estas influências foram os embaixadores para a igualdade de géneros que fizeram de mim quem eu sou hoje. Eles podem não o saber, mas são inadvertidamente os feministas que estão a mudar o mundo. Precisamos de mais destes.

E se ainda odeias a palavra não é a palavra que importa. É a ideia e a ambição por trás dela, porque nem todas as mulheres tiveram os direitos que eu tive. Na verdade, estatisticamente, muito poucas os tiveram.

Em 1997 Hillary Clinton deu um famoso discurso em Beijing acerca dos direitos das mulheres. É uma tristeza que muitas das coisas que ela queria mudar ainda se mantenham na mesma. Mas o que me chamou mais a atenção foi que menos de 30 por cento da audiência fosse masculina. Como é que podemos operar uma mudança no mundo quando apenas metade dele é convidado e se sente bem-vindo a participar nas conversações?

Homens, gostaria de aproveitar esta oportunidade para vos convidar formalmente. Igualdade de géneros é um problema vosso também. Porque até hoje eu vi o meu pai ter o seu papel parental desvalorizado pela sociedade, apesar de eu enquanto criança ter precisado tanto da presença dele como da minha mãe. Vi homens novos a sofrer com doenças mentais, incapazes de pedir ajudar por medo que isso os diminuísse enquanto homens. Na realidade, no Reino Unido o suicídio é a maior causa de morte em homens entre os 20 e os 49 anos, eclipsando causas como acidentes rodoviários, cancro e doenças coronárias. Já vi homens fragilizados e inseguros por um distorcido rótulo do que constitui sucesso masculino. Os homens também não têm os benefícios da igualdade.

Não falamos com frequência sobre homens aprisionados por estereótipos de género, mas consigo ver que eles o estão e quando os homens forem livres, as coisas vão mudar para as mulheres naturalmente. Se os homens não tiverem de ser agressivos para serem aceites, as mulheres não se sentirão compelidas a ser submissas. Se os homens não tiverem de ter o controlo as mulheres não terão de ser controladas.

Tanto os homens como as mulheres deveriam sentir-se livres para ser sensíveis. Tanto os homens como as mulheres deveriam sentir-se livres para ser fortes. Está na altura de percepcionarmos o género num espectro em vez de dois ideais opostos. Se pararmos de nos definir por aquilo que não somos e começarmos a definirmo-nos por aquilo que somos, poderemos todos ser mais livres, e esta é a essência do HeForShe. É acerca de liberdade.

Eu quero que os homens “vistam este manto” para que as suas filhas, irmãs e mães possam ser livres do preconceito, mas também para que os seus filhos tenham permissão para ser vulneráveis e humanos também, para recuperarem essas partes deles próprios que abandonaram e que dessa forma se tornem numa versão mais completa e verdadeira deles próprios.

Estarão vocês a pensar “Quem é esta rapariga do Harry Potter e o que é que ela está a fazer a discursar na UN?” e é uma boa pergunta. Tenho-me andado a perguntar o mesmo.

Tudo o que eu sei é que eu me preocupo com este problema e que quero torná-lo melhor. Tendo visto o que eu vi, e tendo agora esta oportunidade, sinto que tenho a responsabilidade de dizer algo.

Statesman Edmund Burke disse, “Tudo o que é necessário para as forças do mal triunfarem é que as boas pessoas não façam nada.”

Nos momentos de nervosismo e dúvida acerca deste discurso disse firmemente a mim própria o seguinte, “Se não for eu, quem será? Se não agora, quando?”. Se algum dia tiveres dúvidas semelhantes perante oportunidades, espero que estas palavras te sejam úteis. Porque a realidade é que se nada for feito vão demorar mais 75 anos, eu estarei a fazer quase 100 anos de idade, até as mulheres poderem esperar receber o mesmo que os homens, pelo mesmo tipo de trabalho. 15.5 Milhões de raparigas irão casar nos próximos 16 anos ainda crianças. E, ao ritmo actual, apenas em 2086 as raparigas africanas das zonas rurais poderão ter acesso ao ensino secundário.

Se acreditas em igualdade então poderás ser inadvertidamente uma dessas feministas de que eu estava há pouco a falar, e por isso, tens o meu aplauso. Estamos a lutar por um mundo unido, mas a boa notícia é que temos agora um movimento de união. Chama-se HeForShe. Convido-vos a avançar, a serem vistos e a perguntar a vocês próprios, “Se não for eu, quem? Se não agora, quando?”.

Muito, muito obrigado."

 

Obrigada Emma Watson. Magnífico. xx You go girl! xx

Adoro a desinformação dos nossos jornais…

Sobre o caso de assalto à carrinha de valores em Sintra, que parece saído da famosa série americana "Cops", hoje ao passar os olhos pelos jornais nacionais fiquei super esclarecida.

Lendo todos os artigos fica-se até na dúvida se todos falam sobre o mesmo caso, tais são as discrepâncias. Mas nem a informação básica pode ser retirada daqui… Tão simples como:

Quantos assaltantes eram? Afinal, houve roubo ou não houve?

 

OBSERVADOR:

4 homens

"a carrinha de valores que acabou por não ser assaltada".

 PÚBLICO

Entre quatro e cinco elementos. (seriam 4 e meio?)

"...conseguiram levar pelo menos parte do dinheiro que transportava".

 EXPRESSO

4 ou 5 indivíduos

“As autoridades estão à procura de um grupo armado que terá assaltado, na tarde deste domingo, uma carrinha de valores”.

 JORNAL DE NOTÍCIAS

4 homens

“Roubaram dois sacos com milhares de euros que um segurança tinha acabado de recolher”.

 DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Pelos menos 6 homens (diz mesmo peloS menos, não é gralha minha, é deles)

“…acabaram por entrar todos para o pequeno Audi, com os sacos do dinheiro e as caçadeiras, abandonando a carrinha”.

 TVI 24

4 ou mais

“…consumaram o assalto e conseguiram levar o dinheiro”.

 CORREIO DA MANHÃ

7 homens (xiça CM, não seriam 30?)

“…minutos depois de roubarem sacos de dinheiro de uma carrinha de valores”.

Ou então, mais abaixo na mesma notícia:

“Não se sabe se os homens conseguiram levar os valores”.

 

Gostei particularmente do artigo do PÚBLICO, jornal que até não tenho em má consideração, mas Por Favor!

Ora leiam alguns trechos desta pérola escrita em bom português (hum hum):

 

#1 MASCULINO OU FEMININO?

 

“…a circulação na A16 esteve vários vezes condicionada desde o início da tarde, tendo inclusive (porquê o uso do itálico?) chegado a estar cortada nos dois sentidos.”

 

#2 VAMOS ENCHER ISTO COM CHOURIÇOS E FRASES GRANDES

 

“…foi transportado para aquela unidade por uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Instituto Nacional de Emergência Médica.”

Não era mais simples “…foi transportado para aquela unidade por uma ambulância do INEM.”

 

#3 DE NOVO PERSEGUIDO PELO ITÁLICO E UM “R” PERDIDO…

 

“O PÚBLICO tentou contactar, sem sucesso, a Loomis, que no seu site (itálico?) informar ter uma frota de cerca de 100 viaturas…”.

 

#4 FRASES BEM CONSTRUÍDAS

 

“…estando a investigação do assalto entregue à Polícia Judiciária, onde está entregue à Unidade Nacional de Contra Terrorismo.”

Ou então “…estando a investigação do assalto entregue à Unidade Nacional de Contra Terrorismo da Polícia Judiciária”, não?

 

“O grupo, que a polícia acredita ter entre quatro e cinco elementos, continuou a ameaçar automobilistas a pararem, tendo conseguido imobilizar uma viatura que usou para fugir”.

Continuou a ameaçar automobilistas a pararem?

 

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/autoridades-procuram-grupo-armado-apos-assalto-a-carrinha-de-valores-em-sintra-1724713

 

Bad boys, bad boys
What'cha gonna do?140827cops1.jpg
What'cha gonna do when they come for you?
Bad boys, bad boys

 

 

 

 

O país está doente: Marcelo é presidente!

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É com enorme tristeza que vejo que o nosso país não sai da cepa torta. Depois de há apenas 3 meses as legislativas nos terem mostrado que continuamos a "dar a outra face" e a votar sempre nos mesmos, agora temos este resultado nas presidenciais... Quando é que as pessoas vão entender que mais do mesmo não nos serve?

 

Marcelo Rebelo de Sousa tem um sorriso carismático, gosto de o ouvir recomendar livros, é inteligente e popular. A nossa população está envelhecida e aquele sorriso que se estende até aos olhos em ruguinhas simpáticas aquece o coração das senhoras na 3a idade. Não entendo é porque é que ninguém fala de quem foi o pai deste senhor simpático. Chamava-se Baltasar Rebelo de Sousa e foi político de Salazar. Ninguém comenta que foi batizado Marcelo em honra do que seria seu padrinho, Marcelo Caetano. Isso foi há muito tempo, no século passado, e o povo esquece...

Há menos tempo, mas também já esquecido, foi a campanha feita por ele contra a liberalização do aborto, em 2007. Lamento, Professor Marcelo, mas eu tenho boa memória. E qualquer voto contra a liberdade da mulher afeta-me pessoal e intimamente. E também "esquecido" pela nossa prestável (COF COF) comunicação social é a tradição de touradas que ele defende e aprecia...

 

Com tudo isto, e porque tento nunca votar em branco (dá-me a sensação que estou a dizer que tanto me faz), decidi votar em Sampaio da Nóvoa. Porquê? Porque apesar do curriculum dele não me dar garantias, não há uma vírgula nesse que me cheire a esturro. Fez um excelente trabalho na Universidade de Lisboa e principalmente porque tem o apoio oficial e incondicional de Ramalho Eanes, o melhor Presidente da República que Portugal já conheceu.

 

Não me interpretem mal, não sou de esquerda e muitíssimo menos seria de direita. Não nasci direita, nasci torta. Abomino extremismos de qualquer tipo. Mas parece-me um extremismo de parvoíce que a presidência da república seja um concurso de popularidade. E por mais triste que me deixe dizer uma coisa destas, eu hoje tive vergonha. Vergonha, porque me parece que o populismo é tanto, que se a Cristina Ferreira tivesse concorrido nestas eleições teria sérias hipóteses de ir redecorar o Palácio de Belém.

12 Filmes que Recomendo

 

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 Decidi participar no desafio lançado pelo Lemao Doce e nomear 12 coisas em 12 meses:

Aqui fica o primeiro desafio: “12 Filmes que Recomendo”

Esta lista é feita pelo coração, sem olhar a óscares ou palmarés. Tenho a certeza que depois de publicar este Post vou levar as mãos à cabeça e pensar “Bolas, que me esqueci daquele filme fantástico”. Mas não interessa… estes são 12 filmes que adorei e que toda a gente devia ver. Sem ordem de preferência, aqui ficam eles:

 

 

 

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Hotel Rwanda

De chorar as pedras da calçada! É daqueles filmes que tocam bem fundo. Quando acabou o filme fiquei 10 minutos a ver passar os créditos e a pensar como é insignificante a minha vida.

O filme conta a história verídica de um homem que albergou dezenas de refugiados que se escondiam dos horrores praticados pela milícia.

 

 

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Cidade de Deus

Uma pérola brasileira, apesar do filme ser num brasileiro tão cerrado que quase não soa a Português e que obriga a activar as legendas. Um filme forte, violento, sobre as opções de futuro que tem uma criança ao crescer numa favela, que mais rápido tem uma arma na mão do que um livro.

 

 

 

 

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 A Vida é Bela

80% do encanto deste filme é o talento do actor principal. O italiano Roberto Benigni é um pai num campo de concentração em plena II Guerra Mundial. Com uma imaginação delirante e um optimismo desmedido, este pai que faz do violento dia-a-dia um jogo, com o intuito de salvaguardar o filho pequeno da realidade do que se está a passar à sua volta.

  

 

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The Pursuit of Happyness

Comparo este filme ao anterior, “A Vida é Bela”, mas nos tempos modernos.

Will Smith contracena com o próprio filho num drama de um pai que se vê sozinho com o filho, sem dinheiro, sem casa e sem emprego, sem esperança e sem futuro. A luta deste homem pelo filho, por si, é impressionante. Mais impressionante ainda sabendo que o filme é baseado numa história verídica.

 

 

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Inside Out

O melhor filme infantil que vi nos últimos tempos. Eu sou fã dos clássicos da Disney, mas irrita-me os estereótipos em que muitos deles se baseiam, principalmente no que toca ao papel dos géneros. O Inside Out é outra coisa. É um doce de filme e uma ode à psicologia, adaptado para crianças. Passa-se todo no interior da mente de uma menina que está a passar pela pré-adolescência. Fala sobre a importância de dar espaço aos sentimentos e como estes estão ligados às nossas memórias e às bases da nossa personalidade. Um filme de animação que diz imenso a adultos.

 

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O Jogo

Filme de suspense com um argumento rápido e inteligente, interpretado pelo grande Michael Douglas, com um final surpreendente. O que é que se pode pedir mais?

  

 

 

 

 

 

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Braveheart

Dos filmes de época/guerra é talvez o meu preferido, a par com o Gladiador. O Braveheart tem o Mel Gibson o Gladiador tem o Russell Crowe… (eu gosto mais do Gibson). Actores à parte, o Braveheart tem um argumento forte, uma banda sonora de arrepiar a famosa frase “They Can take our lifes, but they will never take our fredom!”. Já vi algumas vezes e tenciono rever.

 

 

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Dead Man Walking

Susan Sarandon and Sean Penn contracenam neste filme sobre a amizade de uma freira e um prisioneiro no corredor da morte, numa interminável conversa sobre o bem e o mal. Admito que já vi este filme faz muitos anos, mas ficou-me gravado na memória e sei que tenho de o rever em breve.

  

 

 

 

 

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América Proibida

Descrever este filme numa única palavra? Brutal. Edward Norton é um Skinhead fanático que começa a crescer quando, preso por homicídio, trava amizade com um negro na prisão e vê as suas convicções desmoronarem-se juntamente com a sua família.

 

 

 

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SleepersComeço por dizer que este filme reúne actores como Robert De Niro, Brad Pitt, Dustin Hoffman e Kevin Bacon no mesmo ecrã. Chega?Não chega? Então pronto, Sleepers é mais uma história forte sobre vingança e amizade.

 

 

 

 

 

 

 

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 O Silencio dos Inocentes

Ao contrário de todo o mundo, só vi este filme recentemente. Não estava à espera de gostar. Adorei! O Anthony Hopkins é um monstro, não só no filme, mas na representação também! E a seguir ao Silencio dos Inocentes não podemos ficar sem ver o Hannibal, em que trocamos a Jodie Foster pela Juliane Moore e que é igualmente bom mas um bocadinho mais nojento. (ups, estou a fazer batota e a falar de 2 filmes num só)

 

 

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 Eyes Wide Shut

Melhor filme de terror de todos os tempos - vá, a par com o “American Psico”. Quando falamos de Kubrik e terror, a escolha óbvia é sempre o “The Shining”. Honestamente não percebo porquê. Este Eyes Wide Shut é mais impressionante para mim, mais obscuro e menos óbvio. Acabo a dizer que o estilo do Kubrik só por si me mete medo. De tal forma acho os filmes deles retorcidos que vi quatro e não vejo mais nenhum. Mas é exactamente isso que se pretende num filme de terror, certo?

E na categoria de pior filme do ano...

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Visto que toda a gente anda por aí a fazer listas dos melhores de 2015, decidi eleger os que foram, para mim, o Pior Livro e o Pior Filme de 2015.

Na categoria de Pior Livro do Ano o vencedor é...(tambores)… “As 50 Sombras de Grey”.

E na categoria de Pior Filme do Ano o vencedor é…(tambores)… “As 50 Sombras de Grey”!

Não há dúvida que Fifty Shades of Grey é um fenómeno, conseguindo ganhar simultaneamente as categorias de pior livro e pior filme de 2015.

 

Começo por dizer que se ainda não o leram/viram, não o façam. São horas da minha vida que nunca irei recuperar…

 

Sou uma leitora entusiasta e não tenho paciência para pseudo-intelectuais, o que quer dizer que leio tudo, quase sem descriminação, desde os clássicos da literatura às novelas modernas, consoante me apeteça puxar ou não pela moleirinha. Assim, ouvi tanto sururu acerca dos livros, que caí na esparrela e li os três.

Ora bem, depois de ver a qualidade do primeiro podia e devia ter parado por ali. Mas visto que a história continua e eu não sou de desistir a meio de livros, li pois os três volumes, sempre na esperança de que aquilo fosse desenrolar para lá do porno e começasse a ter alguma coisa de enredo. Mas não, cheguei ao fim do terceiro e nada.

Só lhe chamam romance para que as pessoas não se sintam envergonhadas a comprar. É mau, é muito mau.

 

Digamos que, se retirarmos as cenas de sexo e as palavras “Anastasia” e “Christian”, em vez de 3 volumes ficamos com um livro de bolso. O enredo é péssimo, previsível, cliché.

 

Tentei olhar para aquilo como uma novela erótica, baixando assim as exigências quanto a um bom enredo. Mas a verdade é que, para novela erótica, é demasiado grande e as cenas de sexo não são assim nada de extraordinário.

 

Para quem não leu, aqui fica um resumo da “história” (Atenção aos spoilers):

Ele é um executivo de 27 anos, bilionário, bonito e pervertido. É incapaz de sentir empatia, é mimado, habituado a ter tudo o que quer e vê as mulheres como objectos sexuais. É também um predador com gostos sádicos e dominadores que mantém mulheres como escravas sexuais mediante um contrato, certamente ilegal.

Ela é uma estudante universitária de 21 anos, virgem, ingénua e sem sal, que se apaixona pelo charme do milionário e é levada a aceitar todas as condições impostas por ele, que passa assim a ditar-lhe o que vestir, o que comer, onde viver, etc. Passa a ser controlada completamente pelo dominador, satisfazendo todas as suas vontades físicas e emocionais.

Depois de muito sexo javardo entre os dois e umas cenas de ciúmes de ex-namoradas ao estilo das melhores novelas mexicanas, para tornar a cena mais “à conto de fadas” ele acaba por se apaixonar por ela também, deixa de ser tão filho da mãe como era no início dos livros e vivem felizes para sempre.

 

Para as pessoas que adoraram os livros e esperaram ansiosamente pelo filme: desculpem-me a sinceridade deste post. Para 2016, se a ideia é ficarem “no ponto”, vão à internet e vejam um vídeo de 5 minutos, os vossos maridos agradecem com certeza. Se a ideia é lerem um bom romance… fica a dica, este não é um deles!

Ano novo, vida... ups.

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Todos os anos, por esta altura, o meu cérebro faz uma reflexão do ano que passou e uma antevisão do ano que vai entrar.

Não tomo a decisão de reflectir no ano que passou. Não me sento de caneta e bloco em punho e digo: “ora bem, vamos lá reflectir no que aconteceu desde Janeiro”.

Não. Este estado de reflexão apodera-se de mim. Não é triste, é apenas profundo. É como se o meu consciente falasse com a minha alma ao jeito da Adele: “Hello, it’s me… então cá nos encontramos novamente após mais um ano. Lembras-te do que falámos há 1 ano? E que tal? Aconteceu o que desejaste? Fizeste o que prometeste? ”

 

A passagem de ano não se resume à festa, aos copos, às lantejoulas e às rolhas do champanhe a saltar. Tem de haver o momento de viragem também. Parar e pensar: estou no caminho que tracei para mim?

É conhecida a tradição dos 12 desejos, com as 12 passas, às 12 badaladas.

No entanto, e talvez por não gostar de passas, não peço 12 desejos na passagem de ano.

Em vez de pedir desejos, traço objectivos e lanço-me desafios. De há cerca de 10 anos para cá que traço objectivos para mim própria em todos os réveillon. Duas ou três coisas que desejo atingir no próximo ano. Por vezes apenas uma, se for algo ambicioso.

 

Na passagem do ano de 2006 para 2007, decidi que queria tirar a carta de condução. Check.

Para 2008 o desafio foi comprar o meu primeiro carro, de encontrar um bom infantário para o meu filhote e viajar. Check.

Em 2010 fui ambiciosa, e propus-me a fazer os exames de admissão à faculdade, entrar no curso de Jornalismo e arranjar forma de conjugar as aulas com o trabalho e com o meu papel de mãe. Ah, e viajar. Check. Check. Check.

Para 2013 decidi comprar casa… e viajar. Check.

Para 2014 tracei o objectivo de fazer aquilo de que gosto, escrever. Escrevi e publiquei um livro. Check.

Para 2015 decidi ficar boa, tornar-me mais forte e saudável. Deixar de fumar e fazer mais exercício. Check.

 

Não custa nada traçar objectivos para nós próprios. Desafiarmo-nos a concretizar um sonho. E sabermos perdoar-nos se eventualmente, um ano depois, não aconteceu.

Porque a verdade é que, por muito que eu saiba o que quero para mim e onde pretendo estar daqui a um ano, por vezes a vida simplesmente não colabora. E quando é assim, “bola prá frente” que um novo ano começa agora e vem carregadinho de novas possibilidades.

 

Não sei se acontece o mesmo convosco, mas todos os anos por esta altura sinto o tempo mais a sério e noto como um ano passou num segundo. Sinto o passado presente em mim. Não apenas o ano que acabou, mas todos os anos desde que me lembro de mim. Não me pesa e não me prende. Sinto os anos acumulados debaixo dos meus pés. Foram eles que me trouxeram aqui, a este momento específico em que oiço o fogo-de-artifício a rebentar e vejo o céu iluminar-se às cores. E de cada vez que um foguete rebenta, liberta-me do que passou e enche-me de esperança para o que virá. 

 

Bom ano de 2016… and don’t be afraid to follow your dreams!

 

May the force be with you. Whatever that means.

 

Gostava de encontrar alguém que me conseguisse explicar a magia do Star Wars.

Admito que vi apenas dois filmes, já há algum tempo e nem sei se os vi na ordem certa.

Não digo que não gostei dos filmes, mas logo a seguir a terem passado os créditos finais, esqueci-os. Não foram portanto memoráveis e não me fizeram fã.

 

Sei que há uma princesa Leia, um Hans Solo, o feioso da máscara Darth Vader que anunciou ao Luke Skywalker que é o seu pai, numa tirada estilo programa da Fátima Lopes: “Lucas, eu sou o teu pai”.

Há um bonequinho baixinho e verde que fala ao contrário, um alto e orelhudo, um muito peludo e um robot chamado R2 qualquer coisa.

 

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Perdoem-me os fans, mas é mesmo só isto que eu sei sobre a saga.

O que até é estranho visto gosto de imensos filmes passados no espaço, desde o velhinho “Apollo 13”, o lamechas “Armagedon”, “2001: Odisseia no Espaço” e dos mais recentes “Gravity” e “Interstellar”.

Também gosto de Triologias e de ficção-científica/fantástico. Harry Potter, Hunger Games, Lord of The Rings, Game of Thrones… gosto de todos. Até o clássico Regresso ao Futuro está na minha lista de favoritos.

 

Então porque é que o Star Wars não me agarra? Não entendo…

 

Como não quero ser casmurra e do contra, vou ver este filme e dar-lhe outra hipótese de me converter. Mas cheira-me que aqui se aplica uma daquelas teorias das relações: se não acontece naturalmente, não vale a pena forçar que não vai acontecer.

 

May the force be with you. Whatever that means.